ERGUE-SE O MURAL DO SONO SEPULCRAL
ME APRISIONANDO O SER EM SEU FANAL
LIBERTA-ME A ALMA ATORMENTADA E SÓ
AS HORAS VOAM NO ÁPICE DOS PONTEIROS
ENQUANTO O SONHO CHEGA TRAIÇOEIRO
EM CARRO FLUTUANTE PISA-ME O PÓ
MEU SER JÁ CORROMPIDO VÊ A MORTE
DO MÁRMORE ONDE DORME O PÓ DA SORTE
CHEGA-ME O ÚLTIMO BRADO DO PORVIR
ERA UM AMOR A MUITO ADORMECIDO
RUBORIZOU-ME AS FACES ESMAECIDAS
DO ENCLAUSURADO DEUS DO MEU SENTIR
ENQUANTO O SONO PASSA TRAIÇOEIRO
NO CARRO FLUTUANTE DA ILUSÃO
PISANDO O PÓ DE UM TRISTE CORAÇÃO
MINHA ALMA SE EVOLA GLORIOSA
QUAL NÉCTAR DESPRENDENDO DE UMA ROSA
PARA MORRER NOS LÁBIOS DA PAIXÃO
ARDENTE SEDE ABRASA-ME A SALIVA
SOLTANDO EM MEU SER O DEUS DE OGIVAS
QUE JÁ DOMOU O MEU SACRO PUDOR
RECRIO ENTÃO EM ÊXTASE O SER AMADO
E DOU-LHE POR TROFÉU MEU SER DOMADO
NA ARDENTE CHAMA DE UM INTENSO AMOR.
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